Hiperfone

Se me permitem os fãs de 50 Tons de Cinza, eu gostaria agora de falar sobre ele, mas não sobre o livro, pois este eu ainda não li. Então peço perdão caso eu cometa qualquer crime sobre a história, entendam que é mera ignorância, afinal esse post é apenas um fruto das minhas ideias. Aproveito esse parágrafo de explicação para pedir que qualquer um que já tenha lido esse livro, e gostado, por favor, não tenha vergonha de explicar-me o que viu de bom nele e deixar aqui nos comentários.
Vamos então falar sobre censura, aquela mesma que os nossos avós ou bisavós lutaram para acabar. Claro que a censura real nunca vai ter fim, ela faz parte de uma organização do que é adequado para uma certa faixa etária, ou um certo público. E essa censura, a boa por assim dizer, é essencial pelo motivo que seres humanos evoluem com um tempo e aprendem a diferenciar o que é certo e o que é errado, aprendem a analizar uma certa situação e o que ela vai gerar na sua vida e o principal, aprendem a tomar decisões.
E vem 50 Tons de Cinza, provavelmente o livro mais vendido hoje em dia. Um livro pornô. Não o li ainda, mas tenho uma noção da história. Fala sobre sexo, romance e masoquismo. Isso mesmo, masoquismo, aquela palavra que passa em um episódio do Chaves. A personagem principal sente um prazer imenso com essa prática, o que leva a parte romantica e tudo mais.
Sem problemas, um livro pornô fazendo sucesso, se ele é realmente bom, nada mais justo que isso aconteça. Problema mesmo é ele estar ali, na porta de toda livraria, aliás em muitos lugares sendo comparado ao Crepúsculo, livro voltado a um público infanto-juvenil. Meus amigos, suas filhas, irmãs e primas estão chorando e amando um livro pornô que fala de forma romântica sobre chicotes e coisas do tipo. Suas filhas, irmãs e primas estão se identificando com uma personagem que ama essas estranhas práticas masoquistas e fica maravilhada com coisas como sexo anal. Se suas filhas, irmãs e primas já forem mais velhas, tudo bem, elas tem noção do que está sendo falado ali. Mas garotas de 10 a 12 anos estão lendo esse livro sem nem mesmo ter dado o primeiro beijo. Começam a vida amorosa com essa estranha e distorcida opinião do que é o amor e do que é o sexo.

E aí você me diz: ah, mas ninguém é obrigado a ler o livro. Realmente, ninguém é. Mas está lá, ao lado do Crepúsculo, do Fazendo Meu Filme, para qualquer garota inocente ler, sem nem mesmo saber do que ele se trata.
Não seria então o caso, meus amigos, de colocar esses livros em uma seção especial para eles? Assim, apenas quem estivesse em busca de livros adultos, ou seja, supostamente um adulto (pois se dessa forma a menina de 12 anos voltar a procurar esse livro, aí o problema está na sua educação) encontraria esse tipo de literatura. Filmes pornôs não são colocados na entrada da locadora. Por que os livros, que na minha opinião são bem mais fortes, podem ter um tratamento especial?
Sou contra a proibição da venda desse livro ou qualquer livro adulto. Mas sou a favor de respeito ao seu conteúdo e ao seu público alvo.
Por fim deixo com vocês o vídeo do Felipe Neto, que foi quem me inspirou a fazer esse post, mas tentei deixar de lado opiniões preconceituosas sobre a história do livro e espero ter consegido.
Ah, uma novidade que eu esqueci de mencionar, já está sendo produzido o filme do 50 Tons de Cinza, ou seja, elevamos o Cine Privê ao cinema mundial!