sábado, maio 04, 2013
Essa confusão já vem rolando as redes sociais e a boca do
povo já faz um certo tempo. Homofobia. Pastor Marco Feliciano. Posição das
igrejas em nome da homossexualidade. E até agora eu ainda não havia escrito nada
sobre isso. Não por não ter uma opinião sobre o assunto, e sim porque ele ainda
não havia me interessado o suficiente. Porém o pronunciamento de Marina Silva
me fez ter vontade de trazer isso a vocês.
Durante uma entrevista para a Revista Época a futura
candidata à Presidente da República diz que é contra o que diz Marco Feliciano
no que se refere ao casamento gay. Ela diz que a nossa constituição dá o
direito as pessoas a serem tratadas bem independentemente da crença. E essa foi
até agora uma das melhores opiniões que já vi sobre o caso. Devemos ser
tratados iguais, com respeito, independente da escolha. Não vejo motivo para um
casamento entre duas pessoas que se amam não ser permitido.
Mas o que realmente mudou a minha opinião foi o que veio
logo após ela dizer isso. Marina fala sobre a proibição dos pastores falarem
contra a homossexualidade. Ela diz que todo líder religioso tem o seu direito
de pregar o que fala o seu livro sagrado. E que interferir nisso seria ir
contra a liberdade religiosa. Afinal, se clamamos tanto por liberdade, por que
oprimir a religião forçando-a a mudar os seus ensinamentos? Se um dia o
cristianismo decidir mudar de opinião sobre os homossexuais, que seja por uma
escolha de seus líderes e seus seguidores, e não por conta de pressões
externas. Isso é simplesmente liberdade, assim com os homossexuais têm o
direito de serem livres para fazerem e dizerem qualquer coisa, os religiosos
também.
Em um resumo, deve-se sim lutar contra a homofobia, afinal é
inaceitável que uma parcela da população seja descriminada pelo simples fato de
eles escolherem amar uma pessoa do mesmo sexo. Por outro lado, essa luta contra
essa repressão seria completamente estúpida se reprimisse os padres e pastores.
