Hiperfone

No dia 19 de junho, saí de casa com um objetivo que achei que nunca veria nascer nesse país: uma revolução. E ela estava em todo canto. Estava nos gritos, revoltosos, mas alegres no terminal de ônibus. Estava dentro do próprio ônibus, lotado, mas que não deixava de gritar e chamar os moradores por onde passávamos pra nos acompanhar. E vimos um ou outro morador que desaprovava o que estávamos fazendo, mas a maioria apoiava e sorria ao ver que essa geração finalmente se levantou e agiu.
De casa tudo parece um filme. A gente sabe que é real, mas parece tudo tão distante. Foi por isso que eu fui lá. Fui apoiar e ver a multidão que dizia um BASTA a tudo de ruim que esse país nos enfia pela goela. Alguns dizem que o nosso movimento está sem foco, e eu não posso deixar de concordar em partes, pois ás vezes me parece que tem gente de mais gritando e é difícil entender o que estamos falando. Mas acontece que o povo passou tempo de mais calado, reprimindo todo esse ódio, e por fim decidiu falar. E agora quer falar tudo. Colocar tudo pra fora.
Não vamos desistir, Brasil. Esse país é nosso. Somos nós quem alimentamos ele. Somos nós quem devemos ser servidos por esses políticos, e não o inverso. Nem muito menos devemos servir a um grupo de bilionários que vem até o nosso país e faz uma sequência de exigências que até chegam a passar por cima das nossas próprias leis.
#VemPraRua.